Tentativa de assalto a carro forte em Vacaria acende alerta para volta de ataques com caminhões

A velha tática de jogar caminhão contra carro forte, como aconteceu na sexta-feira em Vacaria, sugere que assaltantes envolvidos em roubos semelhantes no passado estariam novamente em cena. Recorrente nos anos 1990 e meados dos anos 2000, esse modo de ação parecia fadado ao desuso por dois motivos: a morte de três ladrões altamente especializados em um confronto com a polícia em Candelária, em abril, e a condenação a 205 anos de prisão de José Carlos dos Santos, o Seco, um dos maiores assaltantes da história do Estado. Mas o que se viu na BR-116, em Vacaria, indica que ainda há criminosos treinados nessa abordagem, que inclui uso de explosivos para arrebentar os cofres dos veículos. Uma quadrilha de quatro a seis homens armados com fuzis aguardava o blindado da Brinks em uma curva do Km 53, por volta das 17h30min de sexta. O grupo jogou um caminhão Mercedes Benz, furtado em Cachoeirinha, contra o carro forte. Habilidoso, o motorista do blindado deu marcha a ré, voltou cerca de 200 metros na pista e dificultou o ataque. Houve tiroteio entre vigilantes e bandidos, e a quadrilha fugiu em dois veículos sem levar nada. Um dos carros usado pelo bando, um Honda roubado em Porto Alegre, foi largado em uma estrada vicinal a poucos quilômetros do entroncamento com a ERS-122. Titular da Delegacia de Roubos do Deic, Joel Wagner vê como possível a união de ladrões experientes em blindados e homens de outras variantes de roubos. — Chama a atenção porque esse modo de operação tem sido raro. Não descartamos que alguém dos antigos grupos voltou às ruas depois de ter cumprido pena. Por isso, estamos acompanhando homens conhecidos — revela Wagner. Ladrões especializados em barrar a passagem de carros forte em rodovias vêm sendo monitorados desde novembro, quando um veículo da Proforte foi assaltado em Nova Petrópolis. Cinco meses depois, o Deic se antecipou e surpreendeu o mesmo grupo tentando atacar outro blindado na ERS-440, entre Sobradinho e Candelária. Nesse confronto, morreram Carlos Ivan Fischer, o Teco, e Márcio Pereira de Souza, o Chapolin. — Há alguém com experiência em caminhões e outro com experiência em explosivos. Se juntam a outros que possuem armas pesadas. Mas não creio que estamos diante de uma nova onda de roubos — pondera o delegado Wagner.

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