Aumento no número de assaltos a carros-fortes preocupa vigilantes

Cresce no Brasil o número de assaltos a carros-fortes. No estado de São Paulo, o sindicato dos trabalhadores calcula que os ataques aumentaram mais de 200% em 2012. Sirenes ligadas em homenagem ao colega morto. Thiago de Farias Souza, de 30 anos, foi uma das sete vítimas do roubo a um carro-forte no início do mês em Araras, interior de São Paulo. Outros vigilantes tiveram ferimentos leves, e um continua internado. As marcas de tiros nos carros-fortes e os estilhaços lançados pelas explosões mostram a violência da ação da quadrilha. Os carros-fortes transportavam dinheiro para Campinas e foram interceptados na Rodovia Anhanguera por duas caminhonetes e um carro com dez homens. Eles usavam armas automáticas e fuzis. Um vigilante que não quis se identificar tem 18 anos de profissão e já foi vítima de um assalto. “É terrível. Noites sem dormir, a base de calmantes e preocupado, passando aquele filme pela cabeça”, diz. As estatísticas mostram que os roubos a carros-fortes no estado de São Paulo subiram 250% no ano passado em relação a 2011. Também cresceu o número de mortos e feridos nas ações dos bandidos. De acordo com o sindicato dos vigilantes que trabalham em carros-fortes, em 2009 e 2010 foram dez assaltos. O total de casos caiu para quatro em 2011, mas no ano passado foram 14 ações contra carros-fortes, com quatro vigilantes mortos e 11 feridos. Os dados da Associação Brasileira das Empresas de Transporte de Valores também apontam um aumento nos roubos ao setor no país. Depois de três anos de queda, entre 2008 e 2011, os ataques voltaram a aumentar em 2012. E este ano 12 assaltos já foram registrados. O acesso fácil das quadrilhas a armamentos pesados contribui para o aumento dos índices. “De grosso calibre, que nem fazem parte da segurança pública, somente das Forças Armadas”, ressalta o diretor do Sindforte Lúcio Claúdio de Sousa Lima. O crescimento no número de roubos tem afastado trabalhadores da profissão. “Eu deixei a profissão pelo motivo da violência. Muita violência, a gente enterrando os amigos de serviço”, lamenta o vigilante aposentado Darci Pavan. A Secretaria de Segurança de São Paulo informou que não faz o cálculo separado desse tipo de crime, mas assegurou que todos os casos são investigados. A Associação Brasileira das Empresas de Transportes de Valores disse que trabalha com a polícia para impedir esse tipo de crime. A Federação Brasileira de Bancos informou que o investimento em segurança aumentou nos últimos anos, e que, com isso, o número de assaltos a banco vem caindo e os criminosos têm migrado para roubos fora das agências. A Febraban disse ainda que tem trabalhado em parceria com a polícia e a justiça para reduzir esses crimes.

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