Greve dos Vigilantes do Carro Forte do Paraguai Em retaliação, Prosegur demite 250 trabalhadores

A expectativa do movimento realizado na última sexta, 29/07, pelo Sindicato dos Trabalhadores e Empregados da Prosegur Paraguai SA (Sitepropasa) seria de respostas positivas para a demanda dos empregados. Todavia, isso não aconteceu, e parece que por um plano premeditado, para enfraquecer a ação da entidade, apesar da greve não ter sido considerada ilegal pelas autoridades, os vigilantes receberam cartas de demissão. Os trabalhadores, que costumam ser dispensados sem justificativas, após completarem nove anos de serviço, lutam pelo pagamento das horas extras, o fim das demissões sem justa causa, assinatura de um acordo coletivo, cumprimento da legislação e o adicional de risco de vida para a categoria. Para a Uni Américas a jornada de trabalho dos vigilantes de Carro Forte no Paraguai, de 20 horas diárias, é análoga à escravidão e esta grave situação protagonizada pela Prosegur está sendo denunciada para entidades, organismos internacionais de direitos humanos e trabalhistas. Preocupante também é a posição do governo atual do Paraguai, não havendo expectativa de que haja algum acordo que seja favorável aos trabalhadores, apesar de a ministra da Justiça do Paraguai, Maria Segovia, ter afirmado que entraria em contato com a direção da Empresa, em busca de um acordo satisfató- rio, a UNI Américas duvida que isto ocorra com esse governo Franco. A CNTV, junto com a FETRAVISP, CUT-PR e Sindicatos estão solidários à luta dos colegas do Paraguai que vivem momentos de extrema dificuldade, inclusive passando fome. “Enquanto os trabalhadores da Prosegur no Brasil tem jornada de 8 horas, no Paraguai são 20 horas. Esta situação, por tratar-se de uma empresa transnacional, configura-se como trabalho escravo. Não tenham dúvidas que vamos denunciar este absurdo na Conferência Nacional do Trabalho Decente”, garante a presidenta da CUT-PR, Regina Cruz. José Boaventura Santos, presidente da CNTV também protesta contra esta situação. “É um absurdo a postura da Prosegur com seus empregados no Paraguai, a direção da Empresa se aproveita da fragilidade do movimento sindical de lá, que é organizado por empresa e não por ramo de atividade, constituindo entidades com bases pequenas, para massacrar os trabalhadores”, revolta-se. “Essa covardia precisa ser denunciada e combatida com todas as nossas forças”, afirma Boaventura.

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