Dinheiro começa a faltar em caixas eletrônicos de Blumenau | Hora

A semana começou com caixas eletrônicos vazios. Nesta sexta-feira, quinto dia da greve dos trabalhadores de transporte de valores no Estado, em Blumenau boa parte dos caixas fora das agências já estavam sem dinheiro. Sem sinal de acordo para o fim da greve, a previsão é que apenas os equipamentos instalados nas agências continuem com a opção de saque. Foi nesta sexta, com a chegada do quinto dia útil do mês, que os saques fora das agências começaram a minguar. Em três dos maiores supermercados da cidade que dispõem de caixas eletrônicos — Giassi, Big e Angeloni —, todos já tinham parte dos equipamentos com dinheiro faltando. Em alguns, cartazes indicavam o problema. Na sexta-feira à tarde, Wilson Viana Carneiro, 31 anos, fez no caixa eletrônico do supermercado Giassi a segunda tentativa de saque. O funcionário da Furb já tinha tentado usar o equipamento instalado na universidade, mas lá também já faltava dinheiro. Sem usar cheques, ele precisava de R$ 500 para quitar o aluguel do mês. — É complicado, mas vou ter que dar um jeito de conseguir o dinheiro. Vou procurar uma agência no Centro — disse Carneiro. Lotéricas sentem efeito da paralisação Com a falta de dinheiro nos caixas, as contas vencendo e os salários recém-depositados, as agências bancárias e lotéricas ficaram cheias na sexta-feira à tarde. Os bancos estão orientando que os clientes façam como Carneiro e sigam até as agências para sacar. A assessoria de imprensa da Caixa Econômica Federal informou que o banco ainda não enfrenta problemas e que os saques podem ser feitos nas agências e casa lotéricas. A Viacredi informou que parte dos equipamentos fora do banco estão sem cédulas, mas há opção de saque pelas unidades espalhadas pelos bairros. Cerca de 50% dos caixas eletrônicos fora das agências bancárias estavam sem dinheiro na sexta-feira à tarde, estimou o diretor do Sindicato dos Empregados em Transportes de Valores de Santa Catarina (Sintravasc), Augusto Telles. Limitar os saques a valores baixos pode ser caracterizado como prática abusiva dos bancos, explica o assessor de orientação ao consumidor do Procon de Blumenau, Rodrigo Estevão. Ele afirma que é dever do banco continuar oferecendo aos clientes os mesmos serviços dos períodos de normalidade. Entretanto, Estevão lembra que no momento há um choque entre os direitos: os trabalhadores, de fazer greve, e os consumidores, de ter seus diretos atendidos. Clientes devem ter bom senso, segundo Procon Por isso, recomenda bom senso aos clientes da rede bancária. O assessor também alerta que as contas devem continuar sendo pagas normalmente, pois há alternativas para quitação (veja tabela). Para quem pretende fazer compras, ele ainda frisa que o comércio não pode fazer diferenciação de preços nas opções de pagamentos à vista — que podem ser em cheque, dinheiro, crédito ou débito. — É um momento em que as duas partes tem razão: o consumidor e os grevistas. Por isso, é preciso usar o bom senso, mas abusos não são aceitos. Quem se sentir lesado deve procurar o Procon — alerta Estevão.

Jornal de Santa Catarina
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