Motorista de carro forte ameaçado

A quadrilha que usou uma bomba para ameaçar o motorista de um carro-forte na manhã desta sexta-feira (29), no terreno de um cemitério na Zona Norte de São Paulo, tinha fotos da família do funcionário, de acordo com a Polícia Civil. As imagens foram apreendidas dentro do carro-forte, segundo policiais que investigam o caso. O motorista foi abordado pelos criminosos antes de chegar ao trabalho, afirma a polícia. No caminho para a empresa de transporte de valores, os suspeitos mostraram as fotos e fizeram ameaças de morte contra parentes do funcionário. Eles também prenderam o explosivo - uma bomba de fabricação caseira - à perna do motorista neste momento. O explosivo está em poder do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), que deve emitir um laudo em breve, diz um investigador do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Os policiais já sabem, no entanto, que a bomba tem alto poder de destruição e poderia matar o motorista ou feri-lo gravemente. "O explosivo era feito de pólvora compensada e um circuito eletrônico. Não sabemos se o disparo era por controle remoto ou por tempo. O Gate detonou o artefato e vai analisar os restos", disse um investigador ouvido pelo G1. Os vigilantes dentro do carro-forte não podem levar aparelhos celulares, por isso o motorista do veículo não conseguiu falar com a família para saber se eles estavam bem, dizem policiais do Deic. Investigadores afirmaram ainda que funcionários da empresa de transporte vazaram informações sobre a rotina do carro-forte. O Deic já tem imagens de câmeras de segurança do supermercado em que os seguranças do carro-forte foram deixados pelo motorista. As investigações apontam que a partir deste local ele foi obrigado a seguir veículos dos criminosos até o terreno do cemitério, em Pirituba. "Estamos aguardando imagens das ruas e do caminho que os criminosos fizeram, as gravações estão em poder da CET e da Guarda Civil", disse um policial do caso. Pelo menos seis pessoas participaram do crime em três veículos, sendo um deles um Mitsubishi L200 e um Honda Civic, segundo as investigações. Ao chegar ao cemitério, o vigia do terreno foi rendido pela quadrilha, que levou-o sob a mira de pistolas para o local onde tentariam abrir o carro-forte. Eles usaram um maçarico, mas não tiveram sucesso em retirar o dinheiro. "Não é um grupo de amadores, mas cometeram alguns erros", diz um investigador do caso. O vigia já foi ouvido pelo Deic, assim como os vigilantes que trabalhavam no carro-forte junto com o motorista. Policiais consideram ser remota a hipótese de que o motorista possa ser cúmplice dos criminosos, mas não descartam nenhuma possibilidade na investigação. O caso é tratado como tentativa de roubo, diz o Deic. Por enquanto, familiares do motorista não vão ser ouvidos pela polícia. O funcionário teve um colapso nervoso após o ocorrido e foi internado no Hospital do Mandaqui, mas já recebeu alta. Ele deve ser ouvido na segunda-feira (2), segundo policiais do caso. A quadrilha conseguiu fugir antes da chegada dos policiais ao cemitério na Zona Norte, na manhã desta sexta. O grupo levava pistolas, mas não portava armamento pesado, segund

G1 SP

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