Funcionário é preso por suspeita de participar de roubo a carro-forte

O supervisor de segurança da empresa de transporte de valores Protege foi preso por ordem judicial nesta quarta-feira (9) por suspeita de envolvimento na quadrilha que roubou cerca R$ 22 milhões do prédio da empresa na Água Branca, Zona Oeste de São Paulo, em outubro. Imagens da câmera de segurança da empresa obtidas com exclusividade pelo SPTV mostram o momento em que os criminosos entraram tranquilamente na empresa. Na noite do dia 16 outubro, três homens vestidos com o uniforme idêntico ao da Protege chegaram à empresa. Eles se identificaram na portaria blindada e entregaram crachás. Um deles olhou para os lados, segurou a arma no coldre. Eles pareciam tensos. Enquanto aguardavam a autorização para entrar, eles agiam como se estivessem fazendo a segurança do local. Um minuto depois, passam tranquilamente pelo portão. No dia do assalto, os criminosos entraram com facilidade na empresa porque, segundo a polícia, o supervisor da Protege desligou os alarmes, sirenes e o sistema de gravação das câmeras. Ele disse que fez isso para proteger a família, que estava sob domínio dos assaltantes. “O que ele nos passou no momento em que atendemos a ocorrência foi que os bandidos falaram que se ele dificultasse iam matar os seus familiares, os familiares que estavam rendidos na residência do mesmo”, disse o policial militar Marcos Franco. O funcionário também disse que os assaltantes tinham amarrado uma bomba na cintura dele. Porém, ainda na noite do crime se descobriu que era apenas papelão com fita adesiva. Fuga A polícia e a empresa desconfiaram da história contada pelo supervisor. Durante as investigações, a Protege descobriu que o funcionário usou o computador do trabalho para fazer crachás para os criminosos - os mesmos que eles apresentaram na portaria. Para isso, segundo a empresa de valores, o supervisor misturou nomes e sobrenomes de outros funcionários. As imagens das câmeras de segurança também mostram os bandidos fugindo, dez minutos depois, em um carro forte levando R$ 22 milhões. O veículo foi abandonado em uma rua perto da empresa. Seguranças de outra empresa viram que mais carros esperavam os criminosos e chamaram a polícia. Quando os policiais chegaram, não havia mais sinal do dinheiro ou da quadrilha. O delegado Rodolpho Chiarelli Júnior, da delegacia que combate roubo a bancos, afirmou que o fato do supervisor não ter telefonado para a família durante o assalto, para saber se estava tudo bem com os parentes apesar da ameaça dos criminosos, levantou a suspeita dos investigadores. Ainda de acordo com o delegado, o funcionário não comunicou à empresa que estava fazendo os crachás. “A empresa não tinha solicitado a emissão de nenhum crachá”, declarou o delegado. O funcionário foi preso quando saía de casa e levado para a delegacia do Bom Retiro, na região central da capital. A polícia disse que vai pedir a prisão preventiva dele. A polícia investiga ainda se o supervisor teve participação em outros assaltos. Um segundo suspeito também está preso. Os investigadores revelam que a quadrilha tem pelo menos 20 integrantes.

G1 - Rio de Janeiro/RJ
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