MALOTE DO DESEMPREGO

 

O projeto de lei criado pelo vereador Maré Malta, que prevê a obrigatoriedade do uso de malote eletrônico para o transporte de valores não foi bem aceito pelos vigilantes e bancários de Pernambuco. O assunto foi discutido durante uma audiência pública, no Plenarinho da Câmara de Vereadores do Recife, na manhã de ontem. Após uma conversa entre representantes dos sindicatos das categorias trabalhadoras envolvidas e vereadores foi decidido que o projeto será reavaliado e será feito um substitutivo acompanhando as sugestões das categorias.

De acordo com o criador da proposta, o vereador Maré Malta, o malote eletrônico, também conhecido como malote inteligente, é usado em alguns países da Europa. Contudo, essa tecnologia, que queima as cédulas caso a estrutura seja violada, ainda não é utilizada no Brasil. “O projeto é inovador. Eu pesquisei, a partir dos problemas dos assaltos violentos a caixas eletrônicos para criar um projeto de lei que conseguisse, através do método de dissuasão, convencer o criminoso que não havia a menor possibilidade de cometer o crime. Contudo, não posso seguir com a ideia sem o apoio das categorias dos vigilantes e dos bancários”, contou.

Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Vigilantes (CNTV), João Boaventura, não cabe ao município obrigar os bancos a usar determinado tipo de equipamento para segurança bancária. “Além disso, os trabalhadores e usuários dos serviços bancários ficariam ainda mais expostos. Pois o malote eletrônico poderia ser transportado em uma bicicleta ou motocicleta. A utilização dessa tecnologia também deixaria parte dos vigilantes de Pernambuco desempregados”, argumentou. Atualmente, cerca de dois mil vigilantes trabalham no transporte de valores de forma regular no Estado.

Algumas alternativas foram dadas pelos sindicatos dos bancários e dos vigilantes para garantir a segurança dos trabalhadores e sociedade. Entre elas, toda agência bancária deveria ter um local seguro para o estacionamento de carro-forte para o abastecimento de cédulas e instalação de divisórias ou biombos para impedir a visualização da operação feita nos caixas eletrônicos, evitando as “saidinhas” de banco.

FOLHA PERNAMBUCO
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